
O poeta chamava Tarsila de caipirinha vestida por Poiret, (famoso estilista francês) porque, apesar de ela ter morado em Paris, nunca abandonou o seu lado caipira, criada na fazenda. Fez um poema a ela, publicado em 'Pau Brasil', em 1925.
Atelier
"Caipirinha vestida por Poiret
A preguiça paulista reside nos teus olhos
Que não viram Paris nem Piccadilly
Nem as exclamações dos homens
Em Sevilha
À tua passagem entre brincos
Locomotivas e bichos nacionais
Geometrizam as atmosferas nítidas
Congonhas descora sobre o pálio
Das procissões de Minas
A verdura no azul klaxon
Cortada
Sobre a poeira vermelha
Arranha-céus
FordesViadutos
Um cheiro de café
No silêncio emoldurado"
Fonte:http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/tarsila-do-amaral/a-gare.php
Este poema é fantástico!
ResponderExcluirOsvald vai descrevendo o atelier de sua amada, criando uma imagem à sua personagem, com suas próprias obras, inclusive o auto-retrato famoso, em que Tarsila usa grandes brincos Torre Eiffel.
Adorei, bjs..to seguindo....
http://carceredoser.blogspot.com/
Alexandre Pedro